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quarta-feira, 17 de maio de 2017

De novo

De novo
Eu fui até ao quarto
Pra ver se tu estava lá,
Não te achei.
Aquele silêncio
Que ficava nos domingos,
Uma preguiça, cheia de cafuné.
Um cheiro que morava nas tardes.
Eu te procurei de novo.
Tu morava em mim.
Mas não estava mais, comigo.
Não ali, não como gostaria.
Já chorou dentro?
Uma lágrima apertada,
Não sai.
Fica lá doendo, fazendo machucado,
E cada lembrança de riso,
Aumenta o buraco.
Nesta hora que cismo sua presença.
Nem adianta minha teimosia,
Minha fome de quietude ao lado teu.
Minha atitude de procurar calmaria,
No teu beijo, teu sorriso, no teu peito...
Eu nem pretendo falar do teu pescoço,
Eu acho um absurdo pro meu peito.
Não quero esta covardia, comigo.
Ia lembrar de justiça,
Mas o que é justo,
Quando teu silêncio, faz barulho,
Teu cheiro que nega ida?
Eu perguntando aqui,
Cadê resposta.
Talvez se tivesse deixado o choro sair,
E te deixado mais dentro,
Acalento, um colo...
Eu deveria tanto, mas sabe
Pranto, também é uma resposta.
Eu vou pro quarto,
Espero a resposta.
Pode nem ser tua,
Quem sabe.
Te encontrar dentro,
Ainda é meu caminho.
Eu quase choro.
De novo.
James Ribeiro

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