"Exatamente como o pássaro preso na gaiola tem olhos para ver o
mundo exterior de liberdade e tem nas asas força para atingir esse mundo,
e não o consegue, porque quando tenta fugir, o arame da gaiola detém-no;
assim os nossos poderes mentais podem levar-nos a pensar que somos
capazes de conquistar a liberdade espiritual, mas quando tentamos a
conquista verificamos que não passamos de prisioneiros impotentes nas
cadeias do pecado e do mau hábito. Um peixe pode ver, através das
malhas da rede, o mar aberto além delas, e talvez pense que tem liberdade
para atingi-lo, mas a verdade é que está enredado nestas malhas. E
convém lembrarmos que não é a rede que o mata; esta é apenas o
instrumento usado para arrancá-lo da água; vai morrer em terra. Da
mesma forma a rede do pecado afasta-nos da presença de Deus, onde
poderíamos aurir força e vida e acaba por nos levar à morte."
Extraído do livro: O Apóstolo dos pés sangrentos
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