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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

#adoção

Pesquisando sobre adoção, que é meu assunto mais preocupante e importante mo momento leio isso no facebook:
oje crianças de 2 a 15 anos que estavam em situação de risco. Algumas já destituídas e para adoção outras esperando possível retorno familiar.
Leio sobre as angustias dos pretendentes à adoção e posso garantir que as crianças passam pelo mesmo sentimento. Contudo, há três pontos a se discutir: O preparo necessário do adotante, a 'burocracia" e o perfil de crianças para adoção.
O primeiro ponto que me pergunto é será que esses adotantes, casais ou não, estão preparados para adotar? sabem o perfil da criança acolhida e o amor que terão que doar? Muitas pessoas nos procuram na Instituição para fazer trabalho voluntário, muitos com muita pena, outros querendo curar sua depressão, outros tentando aliviar suas consciências fazendo uma caridade. Esses nem entram, pois é um trabalho em vão. Criança ou adolescente que chegaram ao ponto de serem acolhidas é porque estavam realmente tendo seus direitos abdicados ( apesar que governo atual não tem acolhido, muitos dizem que é para mascarar a situação real e não dar números para as estatísticas, não sei), elas não precisam de pessoas com peninha ou chorando em seus ouvidos, ou ainda, de balinhas ou brinquedinhos do 1,99. São crianças normalmente com o mesmo perfil e o principal é a dificuldade emocional. Fato óbvio para um ser que muitas vezes foi criado em uma enorme desestrutura familiar, as vezes com agressões físicas e verbais ou abuso sexual, enfim, infinidades de absurdos, que no mínimo causará um desiquilíbrio emocional. E não se engane que se adotar um bebe será mais fácil. O adotante precisa saber que terá que além de dar muito amor, ter paciência e tolerância. Além de continuar com os tratamentos que têm no acolhimento, como psicológico, psiquiátrico, psicopedagógico, entre outros.
Por isso, acredito que a burocracia seja necessária, claro que se fosse burocrático e eficiente seria melhor, contudo a burocracia acaba por testar a real vontade desses pretendentes de adotar, pois já vi infelizmente o crime cometido por casais de devolver a criança no primeiro choro ou birra. Esse adotante tira a criança que já passou por situações inimagináveis de sofrimento da Casa lar criam expectativas nela e dai percebem que não são bonequinhos manipuláveis sem passado e resolvem devolver.E nós da casa lar temos que tratar de mais esse trauma na criança. Por isso, lamento por pessoas que querem adotar e só pensam em si e não se preparam para realmente amar esse ser como um filho biológico.
Outro ponto é o perfil que temos para adoção e o que os adotantes querem. Hoje, pelo menos aqui em Curitiba, temos grupos de irmãos (exceto casos extraordinários são separados), maiores de 8 anos, crianças com distúrbios ou transtornos psiquiátricos e, infelizmente, a maioria que foi gerada a base de drogas e consequentemente terão algumas dificuldades. Sabemos que normalmente as pessoas querem um bebe, senão até 4 anos, e sem problemas de saúde o que está cada vez mais raro. Se isso não mudar com certeza será demorado mesmo para serem chamados e nossas crianças acolhidas crescerão nas instituições como está cada vez mais acontecendo. Temos acolhidos, nesse perfil, que entraram pequenos hoje já são adolescentes criados na Instituição e poderão permanecer abrigados somente até os 18 anos e tudo que eles queriam era uma família.
Sugiro que os pretendentes a adoção leiam mais sobre o assunto, conversem com pessoas que adotaram diferentes idades. Procurem grupos que falam sobre adoção ou até mesmo projetos de Apadrinhamento afetivo. Aqui em Curitiba temos essa possibilidade do apadrinhamento afetivo, são para crianças acima dos 7 anos que dificilmente serão adotadas, os padrinhos auxiliarão na educação entre outros, como um padrinho em uma família, a crianças continua morando na casa lar, mas terá essa pessoa para dar uma atenção particular. Já vimos casos do padrinho se encantar com o afilhado e querer adotar, contudo não é obrigatório ocorrer.
Bom, essa é a minha visão, não digo que á a verdadeira, mas é uma opinião para aqueles que quiserem acrescentar em suas vidas.
abraços


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