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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DR construtiva & O lado bom de uma DR

Ele faz uma coisa que você não gosta. Anda um tanto quanto impaciente. Vocês trocam frases atravessadas. E tem aquele problema que vai e volta desde o início do relacionamento. Chega uma hora em que discutir a relação é inevitável. Há quem adore uma DR, outros têm pavor. Gostando ou não, o importante é fazer com que essa discussão seja proveitosa.
A sabedoria popular diz "é conversando que a gente se entende". Mas muitas mulheres reclamam que os maridos ou namorados fogem das conversas de relacionamento, como é o caso da usuária da rede social do Bolsa de Mulher Cintia. O namorado dela acha um saco esse negócio de DR (discutir a relação). "Ele diz que sou muito chata porque começo a falar e não paro mais", conta Cintia, admitindo abrir o verbo. "Quando não estou bem com ele, não consigo guardar. Quero discutir a relação, sim, e acabo piorando as coisas", diz.
Cintia se esforça para agir em vez de falar, uma vez que a conversar nem sempre dá certo. "Quando vejo que as coisas estão esfriando, faço algo pra sair da rotina. Se faço algo de errado, procuro corrigir meu erro. Se acho que estamos brigando muito por bobagem, me controlo pra não brigar mais", conta.
Sueca, outra usuária da rede social do Bolsa de Mulher, reclama que os homens só gostam de falar e nunca de ouvir. "A mulher é mais sábia quando usa 'a manha no lugar da força'", diz, lembrando que temos que saber como e quando abordar o parceiro para conversar sobre o relacionamento: "Tudo tem sua hora apropriada. Dependendo do momento, discutir a relação pode sinalizar uma conversa muito chata". Sueca ressalta que os homens evitam a DR por medo de ouvir cobranças e críticas. "Um homem maduro saberá ouvir a mulher se ela for equilibrada em seus sentimentos. Nenhum homem gosta de mulher chata". Fora o desgaste, os homens evitam discutir a relação por vários outros motivos. A usuária Estelinha conta uma cena que nos faz pensar na forma como conduzimos uma DR. "Um cara virou para o amigo e disse: 'quando briga comigo, a minha mulher fica histórica'. O amigo retrucou: 'Você quer dizer 'histérica'?'. E o outro: 'Não, ela fica histórica mesmo - a cada briga traz à tona tudo o que já fiz de errado até hoje'", conta Estelinha. Isso dá pano para manga.
Retrospectiva - Segundo a psicóloga Giovana Tessaro, discutir a relação é algo comum na vida a dois. Mas antes de entrar numa nova DR, é bom fazer alguns questionamentos para que esta discussão seja construtiva. "Faça um retrospecto do relacionamento e veja desde quando as coisas não vão bem.
1. O que tem prejudicado a relação?
2. Quais foram as suas dificuldades em lidar com tais situações?
3. Como você se sente em relação ao que aconteceu?
4. Qual sua autocrítica a respeito?
5. Como imagina o relacionamento no futuro?"
A psicóloga salienta que cada pessoa sente e pensa de maneira única, de modo que sempre temos que tentar entender o ponto de vista do parceiro. Se colocou no lugar dele? Então é hora de partir para o diálogo. "Lembre-se que atitudes de desrespeito provocam no cérebro um estresse que desestabiliza o outro, provocando um ciclo de ataque e defesa", explica a psicóloga. Ou seja, tente manter a calma e respeitar o que o parceiro tem a dizer. Na prática - Giovana Tessaro dá exemplos de como falar e de como não falar na hora de discutir com o seu namorado. "Em vez d de dizer: 'Eu já disse três mil vezes pra não deixar a toalha molhada em cima da cama. Você é surdo ou o que eu digo não tem importância nenhuma?', prefira: 'Eu já disse várias vezes que não gosto que você deixe a toalha molhada em cima da cama e mesmo assim, você continua deixando. Isso me deixa aborrecida e cansada. Eu preciso sentir que posso contar com você'", sugere ela, ciente de que, quando os ânimos se exaltam, não é tarefa fácil manter o tom de voz tranquilo. "No começo pode ser difícil. Mas a comunicação é uma habilidade que precisa de treinamento. Com o tempo você vai se sentir mais confiante. E o melhor: poderá aproveitar o relacionamento sem o desgaste das discussões", conclui Giovana.
Na teoria, os homens fogem dela (DR) e as mulheres forçam a barra para ter esse momento. O fato é que a "discussão de relação" - a famosa DR - aflige muitos casais por aí que a vêem como momento de briga e desentendimentos.
Mas para a psicóloga e terapeuta de casais, Lucrecia Nizzo, explica que a DR é extremamente benéfica, já que é através dela que o casal pode expressar suas insatisfações, e também conhecer um pouco mais o parceiro(a). "Se você não tem espaço para falar de si, ou não deixa o outro expressar o que está incomodando, torna-se um relacionamento 'a um'. E a mensagem que se passa com isso, é que os sentimentos daquela pessoa não são tão importantes assim", explica ela.
E parece que existem pessoas por aí que conseguem ver esse lado bacana da discussão. "A vantagem de ter uma DR é que as coisas que não estão esclarecidas num relacionamento começam a aflorar", declara o estudante de 25 anos Bernardo Bueno, que, apesar de ser solteiro, acredita que independente do assunto que levou o casal àquele momento, a DR pode ser legal para o relacionamento. Mas você não precisa ser uma total exceção à regra para conseguir levar uma DR numa boa, como Bernardo. Para R.B.*, de 23 anos, discutir a relação não é sinônimo de um momento tão tranquilo, mas é necessário. "Como toda mulher, às vezes eu também tenho dúvidas sobre o meu relacionamento e uma boa DR ajuda a entender e tirar as 'minhocas' da minha cabeça. A vantagem, para mim, é eliminar qualquer mal entendido e enxergar se haverá um problema futuro no relacionamento", explica a estudante. "Na minha opinião, se um homem não sabe lidar com uma DR, na verdade não é um homem e, sim, um menino", diz ela, dando um recado para os homens que fogem da discussão por aí.
FONTE: MSN MULHER (http://msn.bolsademulher.com/)

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